História
A Contenda foi parte de um território vasto com mais de 12 000 hectares, gerido de forma comunitária ao longo de centenas de anos, desde a Idade Média, até ao ano de 1893, em que foi dividido após o Tratado de Madrid.
A “Grande Contenda” foi separada em duas partes. Foi delimitado o último troço de fronteira entre Portugal e Espanha, após mais de seiscentos anos de disputas. Passou a existir a “Contenda”, posse privada da Câmara Municipal de Moura (com cerca de 5267.9454 ha) e a “La Contienda” com um pouco mais de 7000 ha de posse espanhola.
Por solicitação do Município de Moura o território da Herdade foi intervencionado pelos Serviços Florestais e submetido ao Regime Florestal Parcial Facultativo.
Foi iniciada a recuperação dos solos através de um processo de florestação – sobretudo com a azinheira, o pinheiro manso e o sobreiro (em cerca de 3 000 ha). Procedeu-se à instalação de apiários, à melhoria das pastagens e a uma gestão dirigida à caça.
A Herdade da Contenda foi declarada como zona de caça nacional.
Após um período de forte investimento do Estado, a partir do final da década de 90 do Sec.XX, a intervenção na Herdade da Contenda foi drasticamente reduzida, incluindo ao nível dos recursos humanos.
A Câmara de Moura cria a Herdade da Contenda, E.M., na sequência do protocolo subscrito em 2009 com a AFN (Autoridade Florestal Nacional) para a transferência da gestão deste património municipal.
A transferência de gestão foi acompanhada da obrigação de manter um regime de utilidade pública e as demais obrigações decorrentes da sujeição dos terrenos ao regime florestal parcial e a uma Zona de Caça Nacional.